PROBLEMA DO TECLADO COM LINUX MINT - Capítulo 2

Muitas vezes os humanos teimamos em continuar com antigos costumes mesmo quando tudo mudou. E também tendemos a pensar que o velho sempre é mais confiável. Em castelhano existe um ditado: "Más vale malo conocido que bueno por conocer". E devo confessar que talvez por eu ter uma educação espanhola, esta mentalidade sempre está aí. Mas pronto, penso que é um sentimento geral nos humanos. 

Talvez por isso, quando após instalar Mint na última versão comecei a ter um monte de problemas com o teclado e por vezes mesmo com o rato, botei a culpa nalguma cousa misteriosa que os mantedores de Mint estavam a descuidar para equipas semi-antigas como a minha.

Então provei tudo o que está escrito no artigo "O problema do teclado em Linux Mint". Estava já realmente farto de provar cousas e sempre o problema persistia. 

Bem. 
Há uns dias comecei um curso de informática (desenvolvimento Web) e para evitar ter que andar a adicionar e apagar as minhas credenciais seguido, preparei um SSD que tinha sem usar e instalei nele um Linux. Pensei: como tenho problemas com o teclado no Mint, vou investigar nas alternativas. Finalmente decidim-me por Fedora 38 na versão XFCE. E tudo bem, mais ou menos. Algumas cousas estão bastante mais cuidadas em Mint, mas tendo em conta que Fedora leva sempre todas as novidades ao dia, poido perdoar a falta de mugshot ou que XAMPP precisa-se a criação dalguns links simbólicos após a sua instalação. 

Com esse disco também poido arrancar o meu computador de casa (que casualmente é o mesmo tipo de aparelho, mesmo modelo só que com uma configuração ligeiramente diferente) e estivem a instalar-lhe cousas que achava de menos. 

E de repente, após umas poucas mudancinhas pequenas notei que o teclado em Fedora começava a arrastar-se com o mesmo maldito lag. Que acontecera?

Pois mui simples: que tinha o costume, nos tempos em que Thunar não deixava abrir dous paneis, de adicionar nemo, o navegador de arquivos de Cinnamon. E um efeito secundário, agora já o tenho comprovado, é produzir um molestíssimo lag no teclado. 

Simplesmente, desinstalei nemo e a cousa voltou ao normal. 

Agora desinstalei nemo também no meu Mint e recuperei por fim o teclado. 

Qual é a cousa que devemos apreender com isto?

Pois muito simples:

Quando fagas uma pesquisa em Internet, tem em conta estas singelas normas. Se ti escreves perguntando sobre a tua dúvida ou o teu problema informático no Google ou outro serviço similar, pode passar algo disto:

1. Encontras um feixe de soluções quase sempre iguais e comprovadamente efectivas. Significa que o teu problema é mui habitual. Normalmente vai ser um bug ou un falho de desenho. 
2. Encontras muitas soluções bastante dispares. Muita purrela no meio. Terás de estudar o tema e filtrar as resposstas boas.
3. Encontras poucas referências ao teu problema. Quase sempre bastante técnicas. Significa que o teu problema é raro, mas já alguém o sofreu e solucionou. Paciência e sorte. Eu normalmente foco-me mais nas respostas em inglês ou em foros ou blogues especializados. 
4. Não encontras NADA. O mais provável é que seja por algo disto:
   
1. O teu problema é único. Tiveche a má sorte de que che tocou sofrer um falho excepcionalmente raro, tipo a interferência dum raio cósmico na memória durante a instalação. Não é piada, estas cousas tenhem passado. 
2. Se for uma dúvida, não encontrar respostas pode ser porque o que perguntas é ÓBVIO. Mas óbvio de verdade, tipo não teres reparado que no ambiente de trabalho há um menu para trocar a imagem de fundo. 
3. O teu problema é culpa tua, porque estás a fazer algo que não é normal. Pois este é o meu caso: ninguém instala nemo acima de XFCE.